sexta-feira, 17 de abril de 2009

17.04.2009


Dia claro, nuvens brancas cobriam o céu. Sentei-me para ler um bom livro, enquanto esperava por um amigo. Lendo, acabei me envolvendo com a história e fazia com que tudo a minha volta se tornasse o ambiente perfeito para a minha leitura.
Uma praça rodiada de restaurantes. algumas pessoas já almoçavam, apesar da pouca hora, estava perto das onze horas. Fui sentar-me perto de um balanço que não era balanço. Engraçado era, pois se assemelhava a uma gangorra, mas ao invéz de subir e descer, ela iria de um lado para o outro.
Continuei minha leitura, quando percebi que uma menina pôs-se a balançar. O barulho do brinquedo mostrava claramente que este era velho e precisava de óleo. A menina pedia ansiosamente ao pai para lhe ajudar a balançar. E este foi.
O pai parecia cansado, apenas procurando um lugar para descansar e quem sabe até dormir. Sentou-se após balançar a filha algumas vezes e ficou a olhar a menina que agilmente continuava a balançar.
Pouco tempo depois guardei minhas coisas e encaminhei-me para o colégio, que não ficava longe dali. Deixei para trás a inocência da doce brincadeira e minhas lembranças da infância. Ao mesmo tempo que andava, olhava para a menina como estivesse despedindo-me.
Andando na rua senti a paz que me fugia até então. Mesmo caminhando sozinha, veio uma leveza e me senti feliz.
O sol batia em meu rosto, fazendo com que os olhares curiosos descobrissem o jogo de cores discretos no meu cabelo. O silêncio tomou conta da rua, possibilitando ouvir os pássaros e seu canto entusiasmado. Respirei fundo e imaginei-me em um lugar verde, onde existe em minha memória, viva, que ainda consigo sentir.
Consegui, em minha mente, andar sobre o verde molhado da chuva da manhã. Relaxada, feliz, cheguei ao colégio tomada por uma paz que não cabia as palavras descrever.

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