terça-feira, 26 de maio de 2009

Sentimento

Abri os olhos sentindo a mão da minha mãe carinhosamente sobre meu ombro. Não quis abrir os olhos, mas os fiz, pois teria que acordar de qualquer jeito.Levantei da cama lutando com o sono e fui tomar um banho, o qual a água estava bastante gelada. Deixei que a água corresse pelo meu corpo sem pressa, acordando devagar cada pedaço de mim e em nada pensei... fiquei tranquila.Escutando a música da Adriana Calcanhoto, me enrolei na toalha e voltei para a cama, só que desta vez acordada e sentei.Lembrei que a música que tocava era a que eu tinha em meu computador, voltei para o banheiro e escutei a música com os olhos fixos no espelho, me olhando friamente nos olhos e não conseguindo pensar em nada.Sai de casa e fui para o ponto de ônibus com a mente vazia. Na escola tudo normal, aula de matemática, isso não foi muito bom, porque ela estava se tornando chata e fazia com que eu não prestasse atenção nela. Me desprendi dela e me lembrei dos poucos minutos que fiquei a espera de meu ônibus. Estava distraída, sentindo o sol bater em meu rosto, de guarda baixa. Foi nesse momento que eu vi ele descer do ônibus, seus passos eram firmes e vinham em minha direção. Tentei não transparecer o meu contentamento exagerado ao vê-lo, mas pude sentir cada "fase" dos meus batimentos cardíacos.Respirei fundo, fiz uma careta fazendo-o rir.
- Bom dia! - eu disse com um leve sorriso no rosto.
- Bom dia! - ele respondeu e imendou. - Vai dançar menina! - ele dizia enquanto um sorriso apareceu um tanto tímido virando-se para ir embora. Apesar do tempo curto, fez com que me arrepiasse a espinha.
Respondi com um sorriso e o vi indo embora.Lutei para controlar o meu sorriso, mas qualquer um perceberia que meus olhos mentem o que a minha cabeça tentava lembrar firmemente. Naquele instante, meus pensamentos e sentimentos estavam eclodindo dentro de mim e eu queria que parasse, pois de meus pensamentos eu tinha medo.Lembrei de quando conversamos de madugada pelo telefone, não sei nem por qual motivo, ambos dizendo coisas sem sentido por causa do sono, mas logo esqueci. Aos poucos meu batimentos cardíacos diminuiam.
Mesmo na escola eu revivi aquele momento, lembrando de cada detalhe, coisa que eu não sou muito acostumada a fazer em qualquer situação. Ele vindo em minha direção vestindo uma blusa branca e calça jeans, havia um cavanhaque desenhado perfeitamente em seu rosto e apesar de eu não gostar de barba nem de seus derivados, ele estava lindo naquela manhã.
O que me deixava confusa era que ele me olhava diretamente nos olhos e eu não tinha coragem de fazer o mesmo por muito tempo. Parecia que ele não tinha sentido nada ao me ver e que eu estava fantasiando tudo em minha mente, mais uma vez.Durante a tarde ainda me lembrava do fato e enquanto eu estava me maquiando eu lembrei assustadoramente que ele gosta de meninas com os olhos pintados de preto. Sorri meio nervosa, porque em casa eu vagarosamente pensei em pintar meus olhos mas a preguiça venceu.
Aos poucos fui percebendo que tudo o que eu sentira naquela manhã não passara de um susto por ter encontrado alguém que um dia desejei. Coisas de minha mente, mistura de sentimentos que não devem ocorrer mais. Me desliguei desse assunto e tentei me concentrar em outro, fácil. Minha prova de Filosofia chegara e a li para recordar o que tinha escrito e reli a música Como uma onda de Lulu Santos. Reparei que eu tinha destacado dois trechos "Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia" e "Não adianta fugir nem mentir pra si mesmo agora. Há tanta vida lá fora, aqui dentro sempre".Sem querer pensei em como foi bom, apesar de doloroso, ter passado por tudo que passei.É tão bom saber que tem pessoas que reconhecem que mudei, mas que não se pronuciam a todo momento e percebo que mudo a todo instante. Já estou com quase 18 e sinto que o tempo está se esgotando. Sim, o tempo se esgota e um dia morreremos.Que bom que isso acontece, porque seria um tédio ver o mundo mudar e você continuar vivo. Eu não vejo muita salvação para o mundo, seria até interessante ver no que ele se transformaria, mas já tenho minhas conclusões, não quero nem pensar que elas, um dia, possam se tornar verdade.Para finalizar esse texto que já está ficando grande até demais, reflita:
"Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia"

quinta-feira, 21 de maio de 2009

19.05.09

O dia parecia nublado e no meu quarto eu ainda sentia o frio. Fiquei mais algum tempo em minha cama, querendo continuar lá por toda a manhã. Por fim, me lenvantei e fui ao banheiro para o banho matinal. A água estava fria e eu sentia congelar meu corpo. O rádio estava tocando minha música preferida, tudo certo de Luiza Possi, pus minha roupa e por impaciência decidi prender o meu cabelo cacheado em um rabo-de-cavalo e pouca maquiagem. Comi alguma coisa, arrumei minha mochila e sai.
Me encaminhei para o ponto de ônibus em direção ao meu curso, antes do colégio, que por um acaso eu chegaria atrasada. Começei a imaginar, dentro do ônibus sentada ao lado de um homem, que aquela uma hora e quinze minutos se arrastariam. Tentei parar de pensar nisso. Chegando no curso, recebo a notícia que o professor não iria dar aula para a gente e que seria uma professora que fez prova oral comigo no ano anterior. Ela parecia legal e pensei novamente na aula, talvez fosse legal.
O tempo passou rápido e tive que ir para o colégio rápido para não me atrasar mais. Saí do curso conversando com duas meninas, não muito entusiasmada com o pensamento bem longe dali, mais especificamente na noite anterior, mas isso seria algo para contar depois.
Assisti ao final da aula de matemática e por incrível que pareça, consegui entender a matéria sem precisar saber de seu começo. Minutos depois da minha chegada tivemos o intervalo. Constumamos chamar esses intervalos, carinhosamente de banho de Sol. E realmente, esse intervalo teve a sua graça, pois brincar de jogo de beisebol foi divertido, claro que falto o equipamento apropriado como o taco, a luva. Porém tinhamos a bolinha de cachorro.
Nos divertimos por todo o intervalo, esquecendo os problemas. Mas o banho de Sol acabou e tivemos que voltar para a aula de matemática, mais cinquenta minutos e depois almoçar.
Foi nessa hora, a hora a qual eu deveria comer, que eu fui visitar meu antigo colégio. Voltar a ver as pessoas que deixei por lá, lógico que não vi todos, mas a maioria. Colocamos o papo em dia e chegou a hora de voltar para o colégio.
A tarde, sim, se arrastou, mas não perdi o bom humor. Tinha algo de diferente que eu não sabia o que era a qual me deixava calma, divertida. Curte cada momento, mas pensando sempre em ir para casa.
Quando se chega ao lugar de origem e se lembra que mais um dia foi vencido, mais um dia de sabedoria, porém foi mais um dia gasto, mas sinto que foi bem gasto.

Você nunca pensa em como pode ser o amanhã, pois é uma incerteza para todos. Você tenta pensar que poderá ser bom ou melhor que o anterior.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

É o fim...

Verde calmante, azul alucinante, amarelo Sol, branco ar.
O que se respira já não é tão puro.
O verde, prefiro sentir, em meu peito.
Olhar o não tão azul do mar e perceber
que o que permanece é o amarelo do Sol.
Caminhar no campo, correr pelo bosque.
Buscar na praia a tranquilidade da água.
Tentar encontrar um ar puro, puro ar.
Com o passar do tempo o verde some,
o mar desaparece e o Sol brilhe mais do que nunca.
O frio dos pólos não serão mais tão frios,
irão derreter e invadir nossas terras... NOSSAS TERRAS?
E o que fazemos parece não surtir efeito.
Poucos fazem para tentar mudar o mundo,
enquanto a maioria só faz piorar.