sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Meia-noite e ainda não dormi...

Lembra daqueles momentos em que você se faz várias perguntas ao mesmo tempo e que parecem não ter resposta? É, eu estou em um momento como este e asseguro que a sensação não é nada confortável, uma sensação de "perdida no mundo".As vezes eu queria ser a Wendy do filme do Peter Pan, para que ele venha me buscar e me leve para o Neverland ou então a Isabela Swan e que Edward Colen aparecesse.Por um tempo tive a minha vida parecida com a de um livro ou filme ou qualquer coisa do gênero. Penso que esse tempo não passou e que só mudou o título da obra.Sinto como se não pudesse mais contra o dia claro com sol e sem nuvens, tédio.Porém, sinto que quando chega a noite e o vento frio e fresco bate em meu rosto fazendo-me fechar os olhos e viajar naquela sensação tão tranquila. Meus cabelos cheios de cachos se movimentam como se quisessem voar e isso me faz querer voar.
Todas as noites me pergunto o porque da minha existência, o porque de eu ser tão sociável, o porque que algumas vezes quero sentir de perto a minha morte, o porque que eu brinco com ela, o porque que eu não tenho coragem de fazer as coisas.Sou mais uma mortal no meio de tantos, porém gritando e ninguém parece me escutar.Mas uma coisa que está a me tranquilizar é pensar nas variadas formas de se morrer.Com certeza não irei cortar os meus pulsos com um barbeador elétrico (rs), seria vergonhoso para mim. Mas se um dia eu fizer, será com algo que realmente corte, uma faca bem amolada ou um gilete. Talvez. Mas com uma dose de tequila ao meu lado. (rs). Assim terei uma morte lenta e acho que dolorosa. Só poderei saber se é muito ou pouco dolorosa se eu fizer, assim poderei contar-lhes.Bom, se amanhã eu não acordar, estarei feliz pois terei alcançado a minha perfeição. Quando penso nisso a sensação é de conforto, pois tenho vontade de fazer com que aconteça.
Em um dia de sol, enquanto tomava um banho frio, sentei-me abaixo do chuveiro e aquela água caindo sobre meu corpo fez com que eu prendesse a respiração por alguns segundos, até eu não poder aguentar mais e um pouquinho além. Quando respirei de novo, sorri levemente e parei de respirar de novo. Fiz isso três vezes.Ao contar isso ao meu psicólogo, ele me deu um leve tapa no braço. Outro ponto que eu gostaria de entender, o porque que eu não posso morrer. Com isso pude refletir e percebi o quanto que eu não vejo graça em minha vida, já que engano a maioria ( de dez pessoas somente duas sabem exatamente a verdade), já que minto para mim mesma ao dizer: Você consegue! - quando no fundo eu sei que não consigo! Então que venha a perfeição e me tire disso tudo.

By: Kinhaah

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