domingo, 2 de novembro de 2008

Da morte não sei o dia

"E o meu amado o que diria
se eu partisse?
O que diria se estes versos
não ouvisse?
O que teria em suas mãos
senão um corpo dessangrado,
cheio de carne, de suspiros,
de delírio apaixonado?
Faltaria, porém, o recheio das idéias,
a loucura e a razão,
que transformam um encontro sem graça
em tremenda paixão!
Mas não tema o meu querido
que esse amor desapareça,
pois ele é amado ao mesmo tempo
por um corpo e uma cabeça.
O corpo que ele pode beijar, cheirar,
fazer do corpo mulher.
Mas a cabeça o possui, manipula,
e faz dele o que quiser!
Haja o que houver, do meu amor
esse garoto foi rei.
Digam a ele que com corpo e cabeça
eu sempre o amarei.
A marca desta lágrima testemunha
que eu o amei perdidamente.
Em suas mãos depositei a minha vida
e me entreguei completamente.
Assinei com minhas lágrimas
cada verso que lhe dei,
como se fossem confetes
de um carnaval que não brinquei.
Mas a cabeça apaixonada delirou,
foi farsante, vigarista, mascarada,
foi amante, entregando-lhe outra amada
foi covarde que amando nunca amou!"

(Poema de Isabel, cap.14 - A marca de uma lágrima de Pedro Bandeira)








Nunca me deixe ser...
A mágoa em seu coração.
O motivo da lágrima escorrer em seu rosto.
O seu desafeto.
Alguém que você nunca desejou ter.
Alguém que só viva em seus pensamentos.
Seu arrependimento.
Um momento.
Uma lembrança.
Uma tentação.
Uma tentativa.
Uma ousadia.
Uma situação mal interpretada.
Seu amor impossível.
O sol ilumina o caminho e nossas mentes, e quando olho para o lado esquerdo da minha cama não te vejo nela. Mas quando te encontro, percebo o olhar sincero e confuso.
Sonhei em ter-te ao meu lado, tão belo e tão adormecido, tão sereno e tão tranquilo, tão simples e tão perfeito. Um sonho...
Nunca deixe que eu seja...
Mais uma menina.
Mais um beijo.
Mais um caso.
Pois assim acaberei sendo o seu passado!

Texto escrito por: Kinhaah

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